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Lateralidades

Hoje vou começar um novo tema - Vou falar das Casas, opostas, no Mapa Natal



Nós somos duais e como tal o nosso mapa espelha isso. Cada Casa, é oposta a outra… então esses eixos falam muito de nós.

Eu que amo a astrologia, e estou sempre a estudar, aprendo todos os dias com todos os que fazem parte do meu círculo e também com aqueles que vou conhecendo no meu dia a dia.

Quando chego a um certo nível de conhecimento, situações novas aparecem, para assim poder continuar a conhecer-me, através do outro, posso até ficar tensa ao ver-me reflectida nos outros, tanto pode ser de prazer ou de desgosto, mas é assim que me conheço, e posso modificar o menos bom, passando a dar e receber o melhor que há em mim.
É assim que todos crescemos.


Olhando para a roda do zodíaco, temos a Casa I (Ascendente) oposta à Casa VII (Descendente)

O Ascendente como já atrás indiquei é a auto-imagem. Demonstra a nossa relação com o próprio arquétipo de Iniciação.

O Ascendente sugere a forma e o modo pelo qual vamos entrar nas diversas fases ou aspectos da vida. É a imagem que construímos e passamos para os que nos vêem, o que não significa o verdadeiro EU, a menos que o sol também se encontre nesta casa, ou o planeta regente do signo solar, o que contribui para passarmos uma imagem mais verdadeira de nós mesmos.


A Casa I também mostra o aspecto físico, o corpo, o ego, podemos descobrir o Ascendente, pelo modo como se comporta e pela sua aparência visual, assim como pelos planetas nesta casa e a posição do regente do mesmo.

Esta é a Casa crucial para a auto descoberta.

Ora, como tudo contém o seu oposto, também podemos assumir atitudes da Casa VII, que corresponde ao outro na nossa vida. O outro declarado e que nos confronta, pois está do outro lado, diante de nós.


"Impulsionados pela força do Amor os fragmentos do mundo buscam-se uns aos outros de modo que o mundo possa existir."

Pierre Teilhard de Chardin

O eixo 1/7 forma a 1° oposição crescente (carneiro/balança).
Quando chegamos ao Descendente, o ponto mais ocidental do mapa, fazemos um ângulo agudo e encontramo-nos de novo no ponto em que começamos.
O eu, emergindo no fluxo da vida à procura do outro. Para equilibrar e formar uma ponte para o mundo.
Quando não somos compreendidos, ou procuramos algo que nos falta e não encontramos, ou ainda não gostamos de nós, podemos assumir um tipo de personalidade da Casa VII.

Entramos em contacto com a nossa sombra, o nosso eu não revelado, o lado de nós que não queremos assumir. Agimos contra nós mesmos, e até somos capazes de nos destruir, uma vez que do lado de lá perdemos a nossa percepção, e por vezes agimos, na verdade como se os outros estivessem contra nós. Estamos no Oeste, no pôr-do-Sol, e perdemos a nossa luz, deixando que a sombra se instale, Escapou do inconsciente e fica solta, voltando-se principalmente contra a nossa integridade e alegria genuína de viver, já que não temos mais a referência do outro. A nossa peojecção perde-se no outro e acabamos por nos perder na relação com o Todo.


O Descendente representa as qualidades que "nos pertencem mas são inconscientes"; São aquelas qualidades que procuramos no outro, mas num nível mais profundo.
A Casa VII deve representar a complementação, o equilíbrio da oposição da outra pessoa, e não por nós mesmos, apesar de ali estarmos contidos. Representa aquelas qualidades ocultas e que precisamos conscientemente integrar no nosso conhecimento, para que possamos ficar inteiros.

Todos os planetas, pontos, ângulos, casas do nosso mapa somos nós mesmos, mas atribuímos símbolos, e espaços para cada um actuar dentro de seu significado simbólico, baseado em arquétipos, mas que a individualidade de cada um estabelece diferentes interpretações.


Este “outro”, na Casa VII, pode ser o/a parceiro(a) oficial, cúmplice, sócio ou qualquer pessoa que tenha um lugar importante e explícito na nossa vida, não necessariamente marital, mas na associação. E este “outro”, tanto pode ser nosso complemento querido, como nosso opositor, visto estar diante de nós e atingir-nos frontalmente.
Este frente a frente, pode assumir várias formas, dependendo do que temos do lado de lá.
Pode ser declarado por demonstrações de afecto, compromisso, lealdade, amor, ou pelo contrário, por se mostrar como aquele que nos mina a força e suga nossa energia de modo falso, adulador ou manipulador, por ódio.


É preciso esclarecer que projecção não é algo puramente patológico; Uma imagem projectada é um esconderijo em potencial dentro do Self.
Então temos aqui um nosso companheiro ou ao contrário um nosso opositor.

Isto depende sempre dos planetas e signos encontrados. Mas a visibilidade da cooperação ou destruição é clara, se já conseguimos saber o que ocorre em nosso interior.


Quando estamos inconcientes dos nossos potenciais, somos atraídos por pessoas que os tenham e manifestem. Estas pessoas geralmente, tem caracteristicas da nossa Casa VII.


Temos assim neste Eixo 1/7: "...quanto nos afirmamos por nós" (I) versus "...quanto cooperamos com o outro" (VII)
Por um lado, há o perigo de se dar e se misturar demais, sacrificando-se a própria identidade; por outro, poderiamos estar pedindo que os outros se adaptem em demasia a nós.


A oposição do eixo 1/7, é a atracção que sentimos pelo que nos reflecte e complementa ou o que gostaríamos de ser e ainda nos apropriamos desses dons.
A Casa VII, contém aquilo que admiramos e tememos, mas mesmo assim, sentimos necessidade de entrar em contacto. Pode ainda ser aquilo que ao mesmo tempo temos e não temos em nós, isto se ainda não adquirimos ao menos um pouco da nossa individuação.

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